De acordo com os Censos de 2011, em Portugal, cerca de 11% da população residente apresenta algum tipo de limitação física, intelectual ou sensorial e em 2010, apenas 0,3% da população com deficiência estava enquadrada como praticante federado de uma modalidade desportiva (dados da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência).
Estes dados levam-nos a concluir que, grande parte da população com deficiência portuguesa, não usufrui de uma prática regular de atividade física e desportiva de caráter formal ou informal e, consequentemente, não atinge os níveis mínimos de atividade física e desportiva semanais recomendados para a obtenção de um estilo de vida ativo e saudável.
Apresentar uma determinada limitação, não deverá ser uma barreira absoluta e inibidora para o alcance da uma aptidão física e funcional favorável. Existe uma posição de consenso entre investigadores, sobre os efeitos positivos da prática regular de exercício físico em pessoas com deficiência, nomeadamente, ao nível físico-biológico, social e psicológico.
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Face a tais evidências, como é que o treino personalizado pode tornar a prática de exercício físico num hábito saudável e ajudar a pessoa com deficiência na melhoria da sua condição física?
O treino personalizado está associado a um conceito amplo de promoção da saúde. São prescritos treinos adaptados a cada pessoa, sendo importante que estes não gerem complexos de inferioridade e que estejam dotados de estratégias que evidenciem as suas potencialidades. Além disso, o treino personalizado pode atenuar riscos associados a comportamentos sedentários e suscetíveis a maiores incidências de doenças cardiovasculares, oncológicas, metabólicas e obesidade. Pode proporcionar o aumento da sensação de bem-estar, potenciar competências sociais e comunicacionais, combater o isolamento social e prevenir o desenvolvimento de doenças do foro mental.
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É extremamente importante que os familiares das pessoas com deficiência se sintam envolvidos neste processo, de forma a poderem constatar o quanto estes efeitos positivos estão implícitos no movimento do corpo, no estímulo da mente e na oportunidade de socialização entre pares, e como o treino personalizado poder ser uma resposta viável e geradora de um impacto positivo na melhoria contínua da qualidade de vida destas pessoas.
Por Nicole Monteiro, Personal Trainer na Academia BodyLab.
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Referências:
FPDD. (2011, março). Relatório de Atividades e Contas 2010. Olival Basto.https://fpdd.org/wp-content/uploads/2018/03/Relatorio_de-Atividades_e_Contas_2016-min.pdf
Warbunton, D.E., Nicol, C. W., & Bredin, S.S. (2006). Health benefits of physical activity: the evidence. Canadian Medical Association Journal, 174(6), 801-809.
Winnick, J. (Ed.), (2005). Adapted physical education and sport (4ªEd.). Champaign: Human Kinetics.