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Alimentos da moda. Serão mesmo bons?
Nutrição

07 Abril 2022

Alimentos da moda. Serão mesmo bons?

Alimentos da moda. Serão mesmo bons?

Tal como existem tendências para as modas nas roupas, series de TV, dietas, entre outras coisas, há alimentos que, em determinados momentos, pela sua divulgação ou pelo seu nutriente principal, são afamados durante um período.

Mas será que osalimentosda “moda” são mesmo bons? Os riscos versus benefícios desses alimentos dependem sempre da dieta em que estão a ser inseridos e se a pessoa em questão vai beneficiar do seu consumo face a outras opções equivalentes, devendo ser esclarecidos por um profissional (nutricionista).

Muitas das opções de “alimentos da moda” que nos são apresentados podem não ser equilibrados do ponto de vista nutricional como nos “vende” o conceito ou não apresentar uma mais-valia quando substitui uma outra opção que habitualmente já era consumida.


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Fica a par de algumas opções denominadas de “alimentos da moda” e descobre se realmente vale a pena optar por estes alimentos:

- Óleo de coco: cada vez mais a substituição do azeite, esta gordura tem sido uma crescente na alimentação dos portugueses, mas na verdade ambos podem ser usadas, desde que em quantidades moderadas, uma vez que apresentam benefícios para a saúde relativamente a outras gorduras. No entanto, e por comparação aos benefícios inconclusivos do óleo de coco ao nível do colesterol e triglicerídeos, o azeite continua a ser a melhor opção no que diz respeito à proteção cardiovascular e até redução da gordura abdominal. Apesar deste alimento de moda ser considerado uma boa opção, num país produtor de azeite, como é Portugal, não faz sentido a troca deste por óleo de coco.

- Sumos/Batidos/Smoothies Detox: bebidas à base de fruta e vegetais, que costumam acompanhar dietas restritivas de quem procura resultados rápidos. Por um lado, podemos dizer que estas opções são boas quando incluídas num estilo alimentar adequado, e para quem tem dificuldade em ingerir determinados nutrientes na sua dieta… Por outro, estes podem ser um malefício, pois podem aumentar, em muito, a quantidade de fruta ingerida por dia (aumentando a quantidade de açúcar). Além disso, os batidos são menos saciantes do que consumir os legumes ou frutas no seu estado natural, podendo aumentar, desta forma, o consumo de calorias diárias.

- Batata-doce: esta opção tem ganho cada vez mais adeptos, principalmente para quem deseja perder peso, mas a verdade é que quando comparamos nutricionalmente a batata-doce com a batata convencional, cada uma tem as suas vantagens e benefícios. Assim, qualquer uma pode ser incluída na alimentação. Contudo, para quem deseja perder peso, independentemente da variedade de batata, deve moderar o seu consumo.

- Bebida vegetais: as bebidas vegetais não se podem considerar alternativas/substitutos ao consumo de leite, sob o ponto de vista nutricional, sendo mais pobre em proteína, cálcio e (por norma) com um maior conteúdo de açúcar. No entanto, é sempre uma opção válida para substituir na função do leite, nomeadamente na cor, consistência e uso culinário, sendo que na hora de escolher deves optar pelas bebidas que apresentam menos conteúdo em açúcar.

- Kombucha: os probióticos da bebida estão intimamente relacionados com imunidade e melhor saúde digestiva. Apesar de poder ser consumida, atenção ao teor de açúcar, que pode ser muito elevado. Posto isto, podemos afirmar que existem no mercado opções mais baratas e que enriquecem mais a nossa alimentação, como por exemplo os iogurtes ou kefir natural que apresentam funções semelhantes.

 

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A alimentação saudável é fundamental para quem procura melhorar a saúde e qualidade de vida, mas esta deve ser orientada para usufruir dos benefícios de cada alimento sem cair no erro de tendências da moda. Se temos opções que devem ser substituídas, há outras que não interessam tanto a nível nutricional, económico e até mesmo cultural.

 

Por Adriana Martins, Nutricionista

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