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A Arginina e a sua ação no desporto
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03 Abril 2019

A Arginina e a sua ação no desporto

A Arginina e a sua ação no desporto

A Arginina é um aminoácido “semi-essencial”, ou seja, a síntese endógena é, maioritariamente, suficiente para satisfazer as necessidades fisiológicas.


O consumo médio alimentar de Arginina é 5-7 g/dia. Contudo, em certas condições, como períodos de stress traumático ou metabólico, pode ser produzido em quantidades insuficientes para satisfazer as necessidades fisiológicas.


A Arginina está envolvida na produção de uma variedade de enzimas, hormonas e proteínas estruturais, na síntese da Hormona do Crescimento (HG), da Insulina, do Glucagon e da Prolactina. É um componente da hormona vasopressina, produzida pela glândula pituitária e é o precursor fisiológico de diversos compostos biológicos, tais como o Óxido Nítrico, Poliaminas, Prolina, Glutamato, Creatina, Agmatina e Ureia.


A Arginina e o mecanismo de ação no desporto


1) Estimula a secreção de hormonas envolvidas no crescimento e metabolismo: Insulina e Hormona de Crescimento (GH)


• Inibe a secreção de somatostatina que exerce efeitos inibitórios na secreção da Hormona de Crescimento e Insulina e atua diretamente na hipófise para estimular a síntese/ secreção da G, levando ao aumento da massa muscular.


• Com a estimulação da síntese de GH, também se estimula a síntese de IGF-I na maioria dos tecidos. A somatropina – em conjunto com o IGF1 – exerce efeitos significativos no metabolismo dos hidratos de carbono e na regulação da sensibilidade à insulina. O IGF-1 aumenta esta sensibilidade, promovendo a entrada da glicose nas células e a sua utilização essencialmente no músculo, tendo, por sua vez, uma ação promotora de hipoglicémia. Isto traduz-se num maior aproveitamento da glicose no músculo.



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• Estimula diretamente a libertação de insulina pelas células β-pancreáticas. Contudo, quando isto ocorre, a L-Arginina aumenta a libertação de SST das células δ-pancreáticas, o que leva a uma supressão do aumento da insulina. Assim, juntamente com a ação vasodilatadora da Arginina, aumenta a captação da glicose no músculo-esquelético e outros tecidos periféricos sensíveis à insulina (ação dependente da NO sintase).


2) É um percursor do Óxido Nítrico (NO)


A Arginina converte-se em L-Citrulina através da ação da Óxido Nítrico Sintetase (NOS). A conversão de Arginina através de enzimas NOS, produz Óxido Nítrico como o subproduto mais relevante e a Citrulina é vista como um subproduto. Assim é um percursor do óxido nítrico, pelo que:


• Intervém na secreção da GH (Hormona de Crescimento). A enzima que produz NO é expressa em vários tecidos, incluindo células pituitárias. Os estimuladores potentes da secreção de GH, como a GHRH, também exercem os seus efeitos sobre os somatotrofos, pela indução da atividade NOS e, consequentemente, na produção de NO.


• Aumenta o influxo de cálcio nas células da hipófise o que também contribui para a secreção de GH.


• O NO está envolvido em funções importantes como vasodilatação. O NO é um vasodilatador direto do músculo. Assim, aumenta o fluxo sanguíneo do tecido muscular, pelo que aumenta a capacidade de transporte de nutrientes essenciais, como glucose, e oxigénio para o metabolismo e síntese proteica e melhora a remoção de detritos do nosso organismo.



Por Carla Santos, Farmacêutica


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